Não fora o nosso primeiro encontro em 2006 , ao qual reagi com este artigo (clique e leia) o espanto teria sido ainda maior, ao lêr o comentário que amávelmente a nossa leitora e filha da terra Srª Sofia Costa nos deixou no livro de visitas. (Veja-se o comentário)
Sem dúvida que este assunto não sendo genérico ,só interessa à pequena comunidade de Singral Cimeiro,e para que fique bem claro, queria deixar aqui bem patente que não me move nenhuma animosidade especial em relação a esta Srª que em boa verdade mal conheço ...apenas lamento a falta de sensibilidade que demonstrou ,quando de uma forma grotesca e com alguma falta de cortesia nos abordou em 2006 afirmando-se proprietária de um terreno que eu e a cara metade tínhamos limpo e tentado converter numa pequena horta pois estava há mais de vinte anos transformado num verdadeiro matagal ! Convém esclarecer que ao contrário do que a Srª Sofia sugere no seu comentário, não se tratou de ocupação selvagem, mas sim com a autorização insistente de um familiar seu, que repetidamente nos disse, que não havia problema nenhum em fazermos aí uma horta e que a iria informar...
O familiar em causa trata-se da Srª Ermelinda, actualmente a residir em Sarzedas de S.Pedro, mas que pontualmente visita o Singral,tudo isto que estou dizendo,pode ser atestado por várias testemunhas aqui na Aldeia, e nós de boa fé aceitámos a oferta ,após termos sido informados insistentemente pelo seu familiar que o podíamos fazer,afinal se havia quezílias entre a família, nós de nada sabíamos ,e acreditámos que estariam de boa fé para connosco:O objectivo era apenas cultivar a terra e não mais do que isso! Posteriormente outros vizinhos da terra que souberam deste acontecimento até nos facilitaram outro local para levar a bom termo a nossa intenção, aos quais agradecemos essa gentileza.E poderá perguntar a Srª,e porquê ali ? bom...porque está junto das casas e até tinha um ponto de água que facilita a rega e assim juntava-se o útil ao agradável ,despoluía-se o local e retirávamos alguns produtos hortículas da dita parcela.
Julgo que não seja por estupidez ,ou mesmo ignorância, esta sua atitude de nos chamar ladrões,a única explicação que encontro à luz da minha análise ,será uma motivação fundada em informações inquinadas, provenientes de fontes menos fidedignas, que nutrem um elevado grau de inveja, em face de toda esta situação só posso exprimir pena e tristeza.
Estou convencido que a maioria da Aldeia que nos conhecem,não comungam da sua opinião e não obstante sermos uns” forasteiros”, conforme Vxa. mesmo nos apelida ,gostamos muito deste lugar e respeitamo-lo ao ponto de o termos escolhido para aqui residirmos.
Permita-me minha Srª que questione,- que respeito tem para com os seus concidadãos que embora legítimamente esta parcela seja sua propriedade,nunca lhe ligou importância nem quis saber, não se sente moralmente traidora para com aqueles que lhe legaram o pouco ou muito que herdou?-
Não me vou alongar mais, pois acho que na sua essência este assunto está mais do que esclarecido,apenas gostaria, que todos aqueles que são familiares ou filhos da terra ficassem a sabêr que não nos move nenhuma estratégia obscura a nossa presença aqui no Singral, que nos foi dado a conhecer por um amigo de longa data ,que é filho de naturais desta terra,naquilo que pudermos fazer estamos dispostos a ajudar para dignificar e engrandecer este lugar,creio que já demos algumas provas disso...não obstante ,tanto quanto julgo saber ,só houve até agora uma voz discordante,mas que ,tanto também quanto sei, não granjeia de muita popularidade...Numa sua próxima visita aqui ao Singral, teríamos muito gosto em recebê-la na nossa casa ,e prestar esclarecimentos adicionais em relação a este assunto ,numa forma cordial e civilizada.
Bem haja, José Farinha e Hermínia
Notas finais: O muro a que se refere no seu comentário ,era apenas uma vedação tosca em paus e arame p/evitar que a fauna nos comesse as culturas, para o caso de não saber, pois já é longa a sua ausência, aqui proliferam javalis,veados e coelhos!
Fundação da Aldeia: Ainda não encontrei referências históricas precisas quanto á data da fundação de Singral Cimeiro,mas posso afirmar que já em 1527 havia documentação na Câmara de Miranda do Corvo que referia este lugar,a ser objecto do censo da época !
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