A primeira exposição dos seus trabalhos neste local aconteceu em 2004, 17 anos depois e já no próximo mês de Outubro, na "Casa do Tempo" (Castanheira de Pera) estará patente uma mostra de alguns trabalhos da autoria de Hermínia Farinha, artesâ que abraçou a arte de dar vida a peças maioritariamente confeccionadas com recurso a materiais reciclados (tecidos) ,não esquecendo também a componente de "crochet".
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| ( Casa do Tempo - Castanheira de Pera ) |
Estou convicto que os eleitores com boa formação e convictos das suas opções, não se deixarão influenciar pelas publicidades partidárias proibidas no dia de hoje , no entanto se existem regras previstas na lei, eu na qualidade de freguês da freguesia de Campêlo, senti-me incomodado pela falta de cortesia e educação do PS ,ao insistir e reincidir, com a sua publicidade partidária a menos de 50 mts da Assembleia de voto ,mesmo depois de terem sido chamados à atenção previamente...desta vez o outdoor ficou virado mesmo na direcção da entrada da Assembleia,em 2017 estava de costas...
Ora vejamos, parece evidente que se trata de uma atitude intencional,e para além de colidir com as determinações da CNE consagradas na lei , mais parece uma provocação ,o que a mim particularmente me intriga, é o facto dos srs. do PS se assumirem como extremamente zelosos no cumprimento da lei, e depois fingirem que se esqueceram de retirar o outdoor no dia de hoje... haverão outros motivos que a mim me escapam? ou será apenas para vincular ainda mais o chamado "rumo certo" ?
Gostaria de apelar aos meus digníssimos leitores ,mesmo aqueles que não gostam de mim ,para comentar, no seu entendimento o que quererá significar esta atitude.
Deixo aqui algumas fotos tiradas esta manhã quando me desloquei para descarregar o meu voto...e ainda o link de uma publicação de 2017 aqui neste blog ,sobre este fenómeno compulsivo. Já quase me esquecia...então não é que o MFI ainda que mais humildemente também está a seguir as pegadas do PS ?
Clique e veja, foi assim em 2017!
" Nenhum político deve esperar que lhe agradeçam ou sequer lhe reconheçam o que faz; no fim de contas era ele quem devia agradecer pela ocasião que lhe ofereceram os outros homens de pôr em jogo as suas qualidades e de eliminar ,se puder, os seus defeitos:"
(Agostinho da Silva)
"No partido, a intensa opinião se fragmenta e apuramos aquilo em que diferimos dos outros homens, não aquilo em que lhes somos irmãos; guiamo-nos por um ser geral que nos supera e por ele nos substituímos; vive em nós a tribo, muito mais do que a humanidade. Mas é num mundo de partidos que vivemos […]; não temos portanto outra possibilidade senão a de aceitar o jogo tal como ele se põe, exactamente como partimos de uma economia capitalista ou socialista para a economia da automação. O melhor será que não pertençamos a partido algum, porque a política não é uma essência de ser, como a religião, a ciência ou a arte, nas quais todos deveríamos estar: é uma pura fatalidade histórica, como a economia, ou a administração, como também a medicina ou a engenharia; que não pertençamos a nenhum dos partidos plurais e que não estejamos em nenhum partido único ou no seu, ou seus, contrários. A nossa acção, quanto a eles, tem de ser dupla: a de tentar que a cada momento, pelo que somos de capacidade de pensar libertos, influamos a sua liberdade, na sua largueza de entender e na sua generosidade de proceder; e a de, no momento de escolha, e no partido único a escolha é sempre abstenção, quer ela apareça ou não nos resultados oficiais, irmos por aquele que mais de acordo esteja com o que pensarmos e, sobretudo, com o que formos. Bom seria, por outro lado, que se defendesse o direito de se intervir na política, de se fazer política, sem pertencer a partido algum, criando-se condições eleitorais em que as máquinas partidárias não tivessem que entrar, nem se tivesse que pertencer ao governo para triunfar junto do povo. Uma política sem partidos, nem sequer o único, é a condição indispensável para que o Reino se instaure e para que, instaurado, seja. Acima de tudo, combatemos o que separa: e não são as opiniões individuais, mas as opiniões de grupo, o que realmente separa homem de homem; arregimentados, nos perderemos no melhor que temos: o ser irmão do mundo"
- Agostinho da Silva, “Ecúmena” [1964], in Textos e Ensaios Filosóficos II, pp. 199-200.
