Já há muito que não
passava por aqui,muitas são as vicissitudes do dia a dia que me vão fazendo
adiar a visita a esta tribuna. Vou ouvindo ainda que de uma forma esquiva, uma
ou outra notícia do que se vai passando neste jardim à beira mar plantado durante
a viagem de casa para o trabalho,no final do dia e enquanto se janta, vou sendo
presenteado com algumas outras que vão sendo vomitadas pelos canais televisivos,até
ouvi o sr. Passos a certa altura fazer referência que um determinado assunto
(já não me lembro qual) vinha a lume “na
comunicação social e nos jornais...” (?) como se porventura fossem coisas diferentes...também
se fala muito nos “trabalhadores,nas empresas e nas famílias”...andamos nós a
trabalhar para esta gente, bom, mas na realidade há um assunto que me vem
apoquentando de sobre maneira e que tem sido uma espécie de manchete nestes
últimos dias.
Trata-se do célebre
acordo em baixar a TSU às empresas, a favor de um expressivo aumento do salário
mínimo (continuam a não falar do salário máximo...) na verdade eu acho tudo
isto uma fantochada e surpreende-me que até os partidos ditos de esquerda não
se lembram de fazer propostas verdadeiramente inovadoras para que uma economia
dinâmica e empreendedora possa ter início,de modo a de uma vez por todas ser
remodelado o sistema de financiamento da segurança social e acabarem com a
utilização desses fundos para outros fins que não a própria.
Na verdade não
conheço bem os meandros desta temática,mas genéricamente é fácil constatar que
muita coisa está errada,não existindo financiamento adequado logo vêm os
comilões protelar a idade de reforma por mais uns anitos e como compensação
ainda baixam o valor das contribuições,isto de trabalhar mais tempo e receber
menos é escandaloso.Que me tenha apercebido ainda não ouvi nenhum partido de todo
o espectro,fazer referência a um modelo de financiamento da segurança social
que assentasse num outro paradigma, que poderia ser na minha opinião bem mais
justo e equitativo,fazendo pagar mais quem mais ganha,ou seja,como muitos de
vocês devem saber, hoje em dia não são necessáriamente as empresas com mais
trabalhadores que mais lucros têm,muitas empresas com poucos trabalhadores têm
seguramente mais lucros que as anteriores e este fenómeno está em expansão,hoje
assiste-se a um crescimento enorme de empresas com poucos trabalhadores e muito
rentáveis então que sentido faz obrigar as empresas a pagar mais porque emprega
mais trabalhadores? não me parece natural e até facilita o despedimento, não
facilita o emprego,e cria dificuldade às empresas com grande número de
trabalhadores.Proponho portanto aos iluminados da política que não olhem só
para o seu umbigo e pensem num novo sistema de financiamento da segurança
social que se baseie na taxação das mais valias das empresas e não no número de
trabalhadores que alberga,mais lucros mais participação,menos lucros menos
participação ,o melhor indicador económico de uma empresa é o seu VAB (Valor Acrescentado
Bruto)não seria mais justo e mais sustentável?
Lá vamos nós cair na
descida da TSU,acabemos com a dita! E institua-se um novo modelo! Alguns vão
logo pensar que muitas das empresas até sabem como dar a volta às contas e
apresentam prejuízo...meus amigos também há forma de acabar com essas manobras ,assim
o queiram!
Meus amigos, o
problema da sustentabilidade da segurança social seguramente não se resolve com
o aumento da idade da reforma nem com a descida do valor das pensões,estas
terão que ser mais contidas e também mais uniformes,pensem nisso e passem a
palavra.Quase me esquecia de referir que pessoalmente também sou contra este acordo
da TSU,não porque me identifique com as intenções do Passos,mas por aquilo que
tentei de modo sucinto referir, não acredito neste método,e lamento que não
haja coragem de aparecer algum projecto em redor desta minha opinião a ser
apresentado na Assembleia,para ser discutido, melhorado e aprovado por todos,bem
hajam, hoje fico por aqui.
Quando clico em "enviar um comentário", frequentemente aparece-me um site publicitário :-(.
ResponderEliminarJá se apagaram vários...
Então, lá vai mais uma tentativa:
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Comentário:
Muito bem! É bom que apareçam pontos de vista diferentes quando a maior parte dos analistas/comentadores afinam todos pelo mesmo diapasão e, portanto, a "música" seja sempre igual, mesmo que viremos o disco...
A sua opinião parece-me muito aceitável, numa primeira leitura.
Os meus cumprimentos
Maria Eduarda Campos